Qual o caminho que estamos trilhando para construir uma pós-graduação de excelência? Uma forma de tratar o assunto é a realização de benchmarks, ou seja de comparações com os programas reconhecidos mundialmente. Nos rankings internacionais as universidades brasileiras não estão bem classificadas. O que se passa, como podemos melhorar esta situação? Talvez utilizando descrições de boas universidades internacionais com ênfase na área da Computação como bechmarks possamos criar um modelo que nos leve a uma situação de real competitividade internacional. Mas a pergunta que não quer calar é: “Teremos realmente Universidades de primeira linha?“. Não temos nenhum Prêmio Nobel no Brasil, agora nem mesmo futebol de primeira linha. Têm surgido em todo o país cursos de graduação e de especialização de baixo custo e menor qualidade. Sempre pensei que isso seria um sério problema. Recentemente, depois de algumas discussões, entendi que o nível cultural médio e de formação profissional dos brasileiros é tão baixo que alguma instrução será sempre benéfica. Então estou acreditando que estes cursos de baixo custo são importantes para aumentar o nível médio de formação dos brasileiros, mas vale a pena o custo para os participantes? Algum dia esta melhoria de conhecimento e de formação vai estimular uma ação de mercado: as pessoas vão ter mais recursos e procurarão os cursos que ofereçam maiores possibilidades de futuro e de carreira. Acho que precisamos entender que somos um país pobre e que não há como termos realmente a competitividade de primeira linha. Quanto à pós-graduação, alguns poucos grupos podem estar ao nível de ensino e pesquisa de ótima qualidade em relação a padrões internacionais, mas nenhuma Universidade brasileira pode se comparar com as de primeira linha no mundo. Temos, isto sim, que garantir na pós-graduação nossa posição na liderança da segunda divisão, mas mesmo isto estamos perdendo em relação aos BRICS. Para atingir qualidade mundial é necessária determinação e são necessários recursos.