Cooperação na pesquisa: uma rede social

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Tenho recebido muitos convites para participar do ResearchGate e não tinha respondido a nenhum pois pensei que era mais uma destas redes sociais de pequeno interesse. Hoje resolvi dar uma olhada e gostei. Encontrei muitos colegas e pesquisadores considerados no ambiente. O mais interessante é que eles criaram um índice RG index que estimula a cooperação no ambiente e o reconhecimento do pesquisador. A ideia é muito próxima de uma publicação nossa sobre a construção de reputação:Uma Proposta para Editoração, Indexação e Busca de Documentos Científicos em um Processo de Avaliação Aberta“. Como o pessoal no exterior não têm um CV Lattes me parece que estão adotando esta rede social. O ponto principal é a opção pela colaboração; há solicitações de artigos, questões e respostas. Há tempos tenho pensado sobre a colaboração e a competição na pesquisa científica. Estes dias estava lendo as páginas amarela da Revista Veja quando encontrei esta parte da entrevista de uma candidata¸ Fabiola Gianotti, ao Premio Nobel de Física; fiquei emocionado!

Veja: Por ter liderado equipes que somaram mais de 3000 físicos e engenheiros empenhados na descoberta do Higgs, dá-se como certo que a senhora vai ganhar o Prémio Nobel de Física. Analisando friamente, isso é inevitável, não?

Fabiola Gianotti: Sinto-me honrada por ter me tornado a face desta que é uma das descobertas mais importantes dos últimos 100 anos. Mas acho errado que uma só pessoa, ou duas, ou três levem o Nobel por isso. Não acharia certo que o prémio viesse apenas para a minha mão. Se o comitê do Nobel achar apropriado consagrar nossa pesquisa, peço publicamente que os agraciados sejam os times de milhares de cientistas que formularam a teoria, como Peter Higgs, e que a testaram na prática, como as equipes que guiei. O prémio deveria ir para o Cern e para a comunidade em torno dele. Para isso ocorrer, teriam de ser mudadas as atuais regras do Nobel. Mas está na hora das transformações. Hoje, as experiências científicas mais relevantes não são feitas apenas por um ou por alguns indivíduos. Os responsáveis são grupos imensos de intelectuais ultraqualificados, cada um com uma função específica e vital na condução do experimento. Muitos atuaram remotamente, via internet, de diversas partes do mundo. A maneira de fazer ciência mudou muito, e a organização do Nobel deveria refletir isso.

Experimentem, eu comecei recentemente e já apareceram bastante resultados. Depois de algum tempo de uso estou gostando muito do ambiente colaborativo  – link

 

 

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