Com certeza, a avaliação da qualidade é fundamental na vida acadêmica, mas é importante reconhecer que indicadores únicos não são suficientes para uma avaliação abrangente e precisa. A Lei de Goodhart destaca o fenômeno em que uma métrica, quando adotada como meta, pode perder sua eficácia como indicador de desempenho. Por exemplo, se uma universidade adotar apenas o número de publicações como o principal indicador de desempenho acadêmico, os pesquisadores podem ser incentivados a publicar em grande volume, sem necessariamente garantir a qualidade ou relevância do trabalho. Isso pode levar a uma produção acadêmica menos valiosa em termos de contribuição para o conhecimento.
No entanto, em situações específicas e bem definidas, um indicador pode ser útil como uma medida de influência ou poder. Por exemplo, o número de citações de um artigo pode ser um indicador relevante da influência de um pesquisador em sua área de estudo. O número de citações ou acessos pode ser um indicador de influência e relevância na academia. Esses indicadores podem indicar a extensão em que o trabalho de um pesquisador está sendo lido, referenciado e considerado pela comunidade acadêmica. Em um contexto de conferências acadêmicas, onde o objetivo é a disseminação de conhecimento e a troca de ideias, o número de citações de uma publicação pode, de fato, ser considerado um indicador positivo da importância do trabalho. Se um artigo é amplamente citado, isso sugere que ele teve um impacto significativo no campo e contribuiu para o avanço do conhecimento.
Em eventos com mais história minha proposta é que criemos uma valorização dos artigos mais influentes, poderíamos ter avaliações e prêmios para os artigos publicados há dez anos, 15 anos, 20 anos, etc. No evento podemos convidar o autor para uma breve reapresentação e, se isso não for possível, serão publicados os ganhadores do prêmio. Acho que isso é um ótimo estímulo para a publicação de artigos densos, consistentes e não apenas artiguinhos para a contagem de pontos. O que acham?