Final da década de 60. Todo o sistema de informações da UFRGS era manual, exceto a Contabilidade que contava com a ajuda de algumas máquinas tabuladoras. Em 1967, chegou o primeiro computador da universidade: IBM 1130, com 8 Kb de memória e 1 Mb de disco removível. Era um computador para toda a universidade, administrado pelo Centro de Processamento de Dados/UFRGS (CPD)..
O governo militar, de vocação nacionalista, iniciou o processo de “substituição das importações”. Para tanto, era importante investir em ciência e tecnologia, e foi criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDE). Assim, muitas universidades foram convidadas a submeter projetos de pesquisas teconológicas com vistas à aquisição de know-how e formação de recursos humanos na área de computação.
Em 1972, o Instituto de Física e o CPD apresentaram um projeto de pesquisa ao BNDE, para desenvolver um Sistema de Entrada de Dados – SED. No mesmo ano, o professor Daltro José Nunes propôs a criação do curso de pós-graduação em Ciência da Computação que, em 15 de dezembro de 1972, foi autorizado a funcionar.
Aprovado o projeto do BNDE, o CPD e o Instituto de Física entenderam que o melhor lugar para desenvolver os projetos era no curso de Pós-Graduação, recém criado, mesclando pesquisadores do Instituto de Física (hardware) e do CPD (software). Os recursos do BNDE ajudaram a alavancar a pós-graduação.
O SED – Sistema de Entrada de Dados foi o primeiro trabalho de porte executado pela equipe do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação/UFRGS. O equipamento deu lugar às versões industriais ED 100, na indústria EDISA, ELO 32, na empresa ELO, e outras. As idéias e experiências neste projeto confirmaram a capacitação da equipe em projetar computadores o que veio a se concretizar nos futuros projetos desenvolvidos na empresa EDISA.