Para aproveitarmos este período de afastamento físico de nossas Instituições preparei esta lista de posts relacionados à pós-graduação. Certamente o assunto é bem crítico com as novas regras de avaliação da CAPES para o próximo quadriênio. Nessa crise as Universidades ganharam uma amplo reconhecimento social e da mídia pela competência e qualidade de seus trabalho. Após o controle da pandemia precisamos mudar muito nosso comportamento, mostrando para a Sociedade a importância do trabalho e não somente como somos bons tendo um h-index alto.
Com as medidas de controle da epidemia de COVID-19 estamos vendo que muita coisa pode ser realizada com as plataforma de EaD disponíveis. Depois de passada a crise será possível analisar os resultados obtidos com as diversas alternativas desenvolvidas. Mas nunca devemos nos esquecer que a utilização de EaD nas pós exige uma dedicação intensa dos professores, nunca pode ser vista como uma forma de reduzir custos: a qualidade exige esforço. É bom lembrar a citação em inglês: “No pain no gain”. Isto significa que esforço é necessário e engajamento dos alunos. Não se obtém bons resultados sem esforço, dos professores e dos alunos.
Os posts são temas importantes para a leitura, compreensão e análise crítica de nosso ambiente. Há posts mais antigos, alguns bem atuais, mas o conjunto apresenta uma visão abrangente dos desafios que enfrentamos. Na coluna direita, para cada post existe uma lista de “Leituras recomendadas”, esta lista é calculada automaticamente e oferece conteúdo relacionado com o tópico. Espero que aproveitem o material.
Vídeos sobre ensino, pós-graduação e qualidade
Por um novo modelo de ensino na pós-graduação – 23 março 2020
O modelo de ensino engessado pelo MEC/CAPES e adotado nos programas de pós-graduação precisa ser revisto. A equivalência de créditos por horas-aula é um modelo paternalista e que não estimula a autonomia dos alunos. Faz sentido definir, por exemplo, 4 horas de aula presencial por semana por todo um semestre para a concessão de 4 créditos? Os créditos não deveriam ser concedidos pelo resultado do trabalho?
Avaliação multimensional: uma nova visão para os programas de pós-graduação – 23 abril 2020
Hoje perdemos a visibilidade por parte da população, estamos demasiadamente preocupados em mostrar nossa produção em termos do Índice Restrito do QUALIS da CAPES. Vocês pensam que a população, que nos paga as pesquisas, sabe o que é isso? O mundo mudou, a sociedade quer saber que efeito positivo em sua vida ocorrerá como resultado das atividades dos programas de pós-graduação. Precisamos mostrar a importância social do que fazemos de forma que seja possível a sua compreensão pelo público geral. Este post inclui o link para uma apresentação apresentada em 5 de maio de 2020 e a visualização da apresentação.
Publicações, avaliação e multidisciplinaridade – 6 março 2018
Retornado para o problema da avaliação; a maior parte dos programas não aceita a produção de seus pesquisadores em outras áreas de conhecimento. Por muita pressão aceitam um certo número de publicações, mas sempre com a avaliação de sua área! Minha proposta para quebrar este modelo ultrapassado: devemos aceitar uma percentagem de publicações, digamos 30%, de qualquer área complementar na pesquisa por sua avaliação na sua área fundamental.
Repensando a universidade e a pós-graduação – 10 agosto 2017
Com a atual crise nas Universidades é essencial repensarmos a pós-graduação. O corte de verbas é uma consequência do estado falido, isto todos sabemos. Mas qual o motivo de não serem poupados, ou pelo menos sofrerem menos algumas áreas? Certamente a Saúde e a Segurança estão na boca do povo como demandas sérias e principais. Por que não a Educação? Recentemente li um livro, estava em minha lista de leituras há muito tempo, sobre o Design Thinking. A ideia essencial apresentada neste livro é utilizar a forma de pensar de designers industriais para a modelagem de soluções criativas. O livro prega a análise multidimensional dos problemas com a inclusão de pessoas com múltiplas formações. Esta fase inicial precisa ser muito menos estruturada e contar com a participação livre de ideias, de criação de cenários (storytelling) e contato real com os usuários. Ou seja, descobrir no mundo real as necessidades a serem enfrentadas para soluções revolucionárias.
Apresentação no CSBC 2017: Avaliação da qualidade de programas de pós-graduação – 2 julho 2017
A comunidade tem perguntado sobre o caminho que estamos trilhando para construir uma pós-graduação de excelência. Encontramos opiniões divergentes, alguns acreditam que se obtém qualidade pelos altos níveis de exigência, outros por estimular o trabalho individual dos alunos. Uns pensam que a pós-graduação é uma forma de crescimento social e encaram os critérios altos como elitistas. Como avaliar a qualidade de um programa de pós-graduação, que critérios devem ser utilizados? Inclui a visualização da apresentação.
Avaliação da qualidade na pós-graduação – 18 setembro 2016
Como construir uma pós-graduação de excelência. Atualmente alguns programas de PG estão reduzindo o número de créditos com o racional que o importante é o trabalho de dissertação ou de tese. Há, ainda, a discussão sobre se vale a pena o investimento no mestrado e se o doutorado deve ser o fim último da PG, sendo o mestrado algo considerado como um prêmio de consolação para quem não consegue obter o doutorado. Certamente estamos em um período turbulento, onde poucas certezas existem. As perguntas que não querem calar são: Teremos realmente universidades de primeira linha? O que é uma universidade primeira linha? É uma universidade com prêmios Nobel? É uma universidade para onde os pesquisadores top querem trabalhar em seus sabáticos? É uma Universidade para onde os melhores alunos do mundo aplicam como forma de ter seu futuro assegurado? Este é o tema central da Avaliação da Qualidade: como avaliar a qualidade de um programa de pós-graduação, que critérios devem ser utilizados?
O que é um bom programa de pós-graduação? – 7 abril 2016
Qual o caminho que estamos trilhando para construir uma pós-graduação de excelência? Uma forma de tratar o assunto é a realização de benchmarks ou seja de comparações com os programas reconhecidos mundialmente. Nos rankings internacionais as universidades brasileiras não estão bem classificadas. O que se passa, como podemos melhorar esta situação? Talvez utilizando descrições de boas universidades internacionais com ênfase na área da Computação como bechmarks possamos criar um modelo que nos leve a uma situação de real competitividade internacional. Mas a pergunta que não quer calar é: “Teremos realmente Universidades de primeira linha?“.